quinta-feira, abril 01, 2004

"A man's past is not simply a dead history... it is a still quivering part of himself, bringing shudders and bitter flavours and the tinglings of a merited shame."
- George Eliot

Adoro essa frase, sei lá... pra mim dá uma sensação de eternidade. Não vou filosofar muito a respeito disso, até porque isso faz uma lógica tão absurda pra mim que nem dá pra explicar. Eu sei, é a segunda vez q eu coloco ela aqui no blog, mas putz... ela é linda, não? ^.^ É também mais ou menos parte do q eu fiquei pensando a tarde inteira. Minha paranóia parecendo uma louca amarrada em camisa de força, num canto da sala, murmurando (seria mais correto dizer 'chanting', mas não lembro direito o q quer dizer em português. :P) coisas q só ela msm poderia murmurar, balançando pra frente e pra trás. E no outro canto, a minha lógica encarnada na Scully, fumando enqto lê um livro, fazendo um 'shhh' de vez em quando. Isso tudo veio à tona depois q eu falei com a Thá no telefone.

Provavelmente deve ser mais uma alucinação minha (óbvio, perdi a sanidade q me restava (ou q fazia sentido :P) há algum tempo atrás), mas poxa... porq será q eu não personifico minha paranóia? Não consigo imaginá-la com um rosto ou jeito específico, apenas olhos arregalados e constantes, olhando pro nada, sem expressão. Como se todo um mundo tivesse lá dentro, e a realidade apenas serve de influência pra tudo aquilo. É aí q o passado entra. Mesmo a realidade sendo uma mera influência, nada escapa da ótima memória da paranóia. Ela sempre tem a capacidade de ligar os fatos, achar um padronamento nas coisas, sempre dando um sentido aos acontecimentos. Por mais impossíveis e paranóicas (duh, who are we talking about? :P) que essas teorias sejam, sempre fazem um sentido absurdo. E tudo é mto bem categorizado, com base em provas firmes, um passado o qual parece que nunca vai se apagar.

Mas será q só eu penso assim? Ou as pessoas têm vergonha de dizer q são paranóicas, q nunca pensam q tal acontecimento ou reação tenha a ver com si próprios, e ficam tecendo trocentas teorias possíveis para explicar a razão da paranóia... Vergonha, uma vergonha merecida. Será merecida? Não seria mais lógico ter vergonha de algo q vc fez, algo q pode se tornar um estigma na sua vida? Porq querendo ou não, quando seu corpo não aguenta mais sua alma, o que resta são as coisas q vc deixou. Quem vc foi ou q vc pensava realmente não importam muito, é uma história morta. Importa o q vc deixou de útil, ou no caso aqui... inútil. Minha conclusão tomada no momento: melhor continuar com minha paranóia, pelo menos ela faz pressão pra eu não fazer algo inútil e levar esse estigma pra depois da minha validade por essas bandas.

Acho q descobri porq minha paranóia não se personifica. Ela deve ter vergonha de mostrar seu rosto pra mim.

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